Contexto
Publicado em: 10/03/2022

Ribeirão Preto e região exportaram US$ 432 milhões para a Rússia em dez anos

Reportagem: Cristiano Pavini

A Região Metropolitana de Ribeirão Preto exportou US$ 45,2 milhões para a Rússia em 2021. Na última década, o montante acumulado chega a US$ 432,1 milhões. O amendoim foi o principal produto exportado, correspondendo a 60% do valor no ano passado.

O levantamento foi feito pelo Farolete junto aos dados oficiais de comércio exterior do Governo Federal.

Com a guerra da Rússia com a Ucrânia, as exportações serão prejudicadas. O contexto de sanções da comunidade internacional, boicotes e custos do conflito militar resultará na diminuição das compras pelos russos, principalmente de produtos não essenciais ou estratégicos.

Dos 34 municípios da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, 14 exportaram para a Rússia nos últimos três anos, totalizando US$ 151 milhões. Nesse período, o país foi o 15º principal destino de exportações.

De 2019 a 2021, quem mais vendeu foi Sertãozinho: US$ 48 milhões. Oito em cada dez dólares vendidos pelo município aos russos referem-se a carne bovina.

Em seguida estão Jaboticabal (US$ 33,5 milhões) e Ribeirão Preto (US$ 22,6 milhões). As duas cidades vendem, majoritariamente, amendoim aos russos.

Ribeirão Preto, aliás, expandiu seu comércio com o país governado por Vladimir Putin. Em 2019 havia exportado apenas US$ 797 mil, montante que subiu para US$ 8,4 milhões em 2020 seguinte e US$ 13,5 milhões em 2021.

No ano passado, o município foi quem mais vendeu aos russos dentro da Região Metropolitana. A Rússia se tornou o quinto país com mais exportações pela cidade.


Ucrânia

Alvo de invasão russa, a Ucrânia importou, nos últimos três anos, US$ 7,8 milhões de sete cidades da Região Metropolitana. O montante corresponde a apenas 5% do que a Rússia comprou da região nesse período. O maior parceiro comercial é Jaboticabal. Vendendo, novamente, amendoim.


Importações

Na outra ponta, sete municípios da região de Ribeirão Preto importaram US$ 37,5 milhões da Rússia nos últimos três anos. A maior parte do valor é relativa a fertilizantes (US$ 13,8 milhões) e enxofre (US$ 12,5 milhões), que é uma das principais matérias primas da indústria, servindo desde a confecção de adubos até a produção de ácido sulfúrico, usado na fabricação de produtos de limpeza, entre outros.


Análises

Professor da FEA-RP/USP e da FGV e especialista em agronegócio, Marcos Fava Neves explica que o consumo de amendoim pelos russos pode cair em razão da retração da economia pela guerra.

“O amendoim é usado em chocolates, sorvetes e outros produtos que não são absolutamente essenciais”, explica o Marcos Fava. Ele diz, porém, que as empresas produtoras “já estão diversificando mais a exportação” e, como os preços estão favoráveis pela desvalorização do câmbio, “os impactos não serão grandes na nossa região”.

Sérgio Sakurai, professor da FEA-RP/USP com pesquisas em economia regional, também aponta que a guerra não deve ter um forte impacto na economia da região, considerando apenas os efeitos das exportações aos russos.

“O valor das exportações da região metropolitana para a Rússia, embora não desprezível, não é tão expressivo. Ademais, boa parte das exportações não inclui produtos estratégicos, ou seja, é pouco provável que a diminuição prejudique expressivamente tanto a Rússia como a nossa economia”, explica Sérgio.

Ambos os professores acendem o alerta, porém, para os riscos na economia local de uma provável restrição na importação dos fertilizantes. “Os produtores pagarão bem mais caro, diminuindo seus resultados”, explica Marcos Fava.

“É provável que haja um efeito indireto expressivo principalmente porque a Rússia é um grande exportador de fertilizantes. Além disto, é possível que o comércio de diversas commodities e dos próprios combustíveis seja influenciado pela disputa”, reforça Sakurai.


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Das 5.570 cidades brasileiras, apenas três não possuem um Plano Municipal de Educação (PME): Ribeirão Preto, Iaras e Vargem, todas paulistas. Sem o documento aprovado na forma de lei, algo obrigatório desde 2016, esses municípios são barrados para recursos milionários do Ministério da Educação (MEC).

O PME planeja as políticas públicas municipais para o ensino pelos próximos dez anos, estipulando gastos, indicadores, metas e ações. Ele é uma exigência do Plano Nacional de Educação, que vigora no país desde 2014.

Ribeirão Preto foi vanguarda ao iniciar suas discussões em 2007, mas as gestões Dárcy Vera (2009-2016) e Duarte Nogueira (2017-atual) foram incapazes de chegar a um consenso entre Executivo, Legislativo e sociedade. Assim, um PNE nunca chegou a ser transformado em lei, algo que outras 5.567 prefeituras tiveram êxito.

“Além de ser dever legal desde 2016, o PME é fundamental para dar um norte que vá além da visão imediatista do secretário ou prefeito de plantão. Sem planejamento de longo prazo, não há qualidade de gestão”, resume José Marcelino de Rezende Pinto, professor da USP-RP e ex-presidente da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (leia entrevista no final da reportagem).

Barrado

Por não ter PME, Ribeirão Preto está proibido de pleitear recursos do PAR (Plano de Ações Articuladas), um programa do MEC para financiar, com verbas suplementares, ações de melhoria na educação. A informação foi confirmada ao Farolete pelo Governo Federal, por meio da Lei de Acesso à Informação.

No ano passado, o MEC repassou R$ 760 milhões para municípios brasileiros que cadastraram projetos no âmbito do PAR, sendo 60 do estado de São Paulo. A capital paulista recebeu R$ 3,5 milhões.

A minúscula Ubirajara, com menos de 5 mil habitantes, ficou com R$ 642 mil.

Os dados foram analisados pelo Farolete na plataforma de execução orçamentária do MEC. O Governo Federal informou, em resposta à Lei de Acesso, não ser possível estipular quanto Ribeirão Preto já deixou de receber, pois as verbas são definidas de acordo com os projetos cadastrados.

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