Farolete produz reportagens para transformar realidades. Não medimos nosso alcance por cliques ou curtidas, mas sim pelos desdobramentos do que revelamos e contextualizamos. Conheça algumas delas:
Farolete foi o segundo colocado na categoria Comunicação Local da 4ª edição do renomado prêmio Não Aceito Corrupção. A cerimônia de premiação foi realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo. Concorremos com a série de reportagens sobre irregularidades nas APMs (Associações de Pais e Mestres).
Premiação prestigia os melhores trabalhos no combate e prevenção de ilícitos
Farolete revelou a manobra da Secretaria de Educação de inflar os repasses para as 108 APMs (Associações de Pais e Mestres) no final de 2021, na tentativa de atingir o mínimo constitucional de gastos com educação. Naquele ano, foram repassados R$ 14 milhões, mais do que a somatória de 2017 a 2020. Nosso jornalismo investigou que microempresas receberam quase R$ 1 milhão cada uma, sem licitação, das APMs naquele ano. A campeã de contratos era comandada por uma funcionária do alto escalão da Educação, que tinha procuração para movimentar as contas bancárias. Após as reportagens, a Câmara abriu uma CPI, Ministério Público instaurou inquérito, a Controladoria iniciou uma sindicância e a funcionária foi exonerada do cargo comissionado.
Requerimento foi encabeçado por Gláucia Berenice , vereadora que preside a Comissão de Educação, e assinado por outros sete parlamentares.
Farolete escancarou os supersalários da Câmara de Ribeirão Preto em julho de 2020. Publicamos os contracheques de todos os funcionários e destrinchamos as distorções e relações familiares entre os servidores. Casos como o de uma advogada, que passou no concurso público para porteiro e hoje ganha R$ 17 mil vieram à tona. A partir dessa reportagem, o Gaeco abriu um procedimento apuratório e enviou uma representação à Procuradoria Geral de Justiça, que por sua vez ingressou com uma ação judicial contra o Legislativo. Em setembro de 2021, o Tribunal de Justiça julgou inconstitucionais diversos mecanismos salariais da Câmara e determinou a extinção dos mesmos.
Levantamento do Farolete, em parceria com a Agência Tatu, junto a 2.279 projetos de Decreto Legislativo localizou 912 homenagens protocoladas por vereadores nos últimos 24 anos, relacionadas a título de cidadania ribeirão-pretana, cidadão emérito ou ordem do mérito. Desses, apenas 108 prestigiaram mulheres. Ou seja: 9 em cada 10 honrarias foram direcionadas a homens.
No dia seguinte à publicação da reportagem, oito vereadores assinaram um projeto para alterar o Regimento Interno da Câmara, instituindo a paridade de gênero nas honrarias. A proposta está em tramitação.
Levantamento da reportagem revelou que 9 em cada 10 homenagens da Câmara de Ribeirão Preto vão para homens
Farolete revelou que a Secretaria Municipal de Saúde abriu licitação para gastar R$ 262 mil ao ano com aluguel 250 celulares. Cada custaria R$ 1.050 por 12 meses. Mostramos que a configuração dos aparelhos não condizia com o valor da locação, pois os mesmos poderiam ser adquiridos por valor similar. Nossa reportagem foi encaminhada pelo vereador André Rodini (NOVO) ao Tribunal de Contas do Estado, e a prefeitura cancelou o certame em seguida.
Uma série de reportagens do Farolete destrinchou os R$ 19,3 milhões gastos com publicidade pelo governo Duarte Nogueira entre 2018 e 2020. Do montante, ao menos R$ 1,3 milhão foram destinados a pesquisas de opinião, inclusive para mensurar a popularidade da gestão em período pré-eleitoral. Também mostramos que uma empresa de um assessor particular do prefeito foi subcontratada com dinheiro público. Por conta das reportagens, a Câmara aprovou uma moção de repúdio aos gastos com publicidade, o Ministério Público foi acionado e o Tribunal de Contas abriu um procedimento de fiscalização.
Revelamos como dinheiro da prefeitura foi parar em uma empresa que presta serviços ao prefeito
Analisando o Portal de Transparência da Prefeitura, dados do Tribunal de Contas e requerimentos pela Lei de Acesso à Informação, revelamos que R$ 57 milhões recuperados pela Operação Sevandija em uma colaboração premiada evaporaram nos cofres públicos, sem serem revertidos para projetos específicos. A grande maioria custeou despesas corriqueiras, que não foram submetidas a prestação de contas adicional. Após nossa reportagem, a Câmara, por iniciativa do vereador Marcos Papa (Podemos), requisitou informações da prefeitura para uma apuração interna. Nos bastidores, a revelação também levantou o alerta no Ministério Público.
Farolete revelou que recursos evaporaram em despesas corriqueiras e sem prestação de contas
Revelamos que candidaturas nanicas para o Legislativo de Ribeirão Preto, com número inexpressivo de votos, destinaram recursos do Fundão Eleitoral para amigos e parentes. Seguimos o caminho do dinheiro, dando nomes e valores. Nossa reportagem resultou em apuração interna pela Justiça Eleitoral.
Recursos do Fundão Eleitoral foram para filhos e amigos de candidatos nanicos