Contexto
Publicado em: 13/10/2022

Quem precisa de um show?

Apresentações em Ribeirão Preto chegam a empregar centenas de profissionais de diferentes setores

O retorno dos festivais e o aumento dos shows internacionais em Ribeirão Preto impactam positivamente a economia local. A produção dos espetáculos envolve diversos segmentos que vão muito além da empresa organizadora, bandas contratadas e fãs. Em algumas apresentações, centenas de trabalhadores são mobilizados apenas para a montagem da estrutura.

Badauí, vocalista do CPM 22, um dos grupos que mais se apresentou no João Rock, afirmou ao Farolete ser difícil até mesmo elencar os tipos de trabalhos relacionados direta ou indiretamente a cada show.

“As pessoas acham que os envolvidos em um show são a banda e sua equipe. Mas tem toda uma logística local e, às vezes, nem só da cidade. Para fazer um show em Ribeirão Preto por exemplo, é necessária uma equipe de som, de segurança, de divulgação, tem as pessoas que vão trabalhar no dia do evento, tem os carregadores, que são importantes pra caramba, as barracas que vão vender comida, bebida…”.

As bandas também possuem equipes próprias para ajudar nas mais diferentes funções. No caso do CPM 22, o time é composto por treze pessoas – oito profissionais além dos músicos.

Segundo Ricardo Militão, que trabalha com a produção e montagem da estrutura de eventos e esteve na cidade para a apresentação do Iron Maiden, apenas a montagem do show em si já envolve centenas de pessoas.

Como a organização precisa estar atenta a diversos pontos, que vão desde os banheiros químicos até os cuidados com a banda e o camarim, todo o trabalho que acompanha o show é segmentado em departamentos que cuidam de partes específicas. 

“Só com relação à estrutura, a gente movimenta 200 a 300 pessoas. Aí a equipe de palco tem mais umas 300 pessoas, porque engloba palco, sonorização, iluminação e painel de LED. Também tem o piso que a gente cobre o gramado… É bastante gente envolvida, só do show propriamente dito. Mas ainda tem os que trabalham com bar, com banheiro químico, com alimentação, transporte… Tudo que faz a gente chegar aqui, está envolvido”.

Ainda segundo Militão, nos grandes shows, há uma “mistura” de profissionais envolvidos, com a participação de equipe da banda, equipe local e equipe da empresa responsável pelo show. “Tem de tudo. Vem gente de São Paulo, vem gente local, vem gente acompanhando a banda”.

Ricardo Militão e colegas de equipe, na montagem da estrutura para o show do Iron em Ribeirão (Foto: Murillo Bocardo)

Ambulantes

Do lado de fora do local do espetáculo, é possível listar também os ambulantes, que muitos dias antes da apresentação já estão vendendo produtos relacionados às bandas.

Marcos Tavares é um desses trabalhadores. Ele explica que os ambulantes se autodenominam informalmente “marreteiros” – supostamente, em referência ao trabalho de “marretar” os preços para baixo.

Segundo Marcos, apesar de por vezes ser reprimida pela fiscalização, a atividade é responsável por garantir sustento a um grande número de famílias.

Instalado na Avenida Costábile Romano, próximo à Arena Eurobike, na semana que antecedeu o show do Iron Maiden, ele foi um dos que negociaram as requisitadas camisetas pretas com o logo e o mascote da banda inglesa.

O varal de Marcos estava ladeado por outros ali próximos, aproveitando o tráfego intenso de veículos na avenida ao longo do dia para chamar a atenção de fãs, que estacionam para comprar ou pechinchar o valor das peças.

Segundo ele, no dia do show é possível lucrar em média R$ 3 mil com as vendas, a depender de vários fatores, como local, material comercializado e tamanho da concorrência.

Em comparação com as partidas de futebol, o trabalhador afirma que as vendas em dias de apresentação musical são consideravelmente melhores. Além disso, o tamanho do público presente também costuma ser maior.

“As pessoas pensam ‘ah, se eu não posso ir num jogo do Palmeiras hoje, no próximo eu vou’. As bandas de rock são algo sazonal. Vai estar cheio, porque não é toda semana”, explica Marcos.

Tavares e seu varal de camisetas do Iron, dias antes do show (Foto: Murillo Bocardo)

Ao lado do escritório improvisado onde Ricardo Militão concedeu esta entrevista ao Farolete, outra sala da arena estava mais movimentada e parecia bem mais cobiçada por quem já cumpriu o turno da manhã.

Ali, o pessoal da alimentação começava a servir a comida para os trabalhadores que preparam o show do Iron Maiden. Ou seja: profissionais contratados para montar o evento geram a necessidade de contratar outros profissionais.

Uma cadeia de muitas pessoas, reforçando o que disse Badauí. É realmente difícil mensurar todos os setores impactados por um show.

Foto de capa: cedida por Rafael Cautella / Foto de Badauí: divulgação João Rock

Esta é a segunda da série de reportagens produzidas pelo jornalista Murillo Bocardo para o Farolete sobre shows de Rock em Ribeirão Preto.

Das 5.570 cidades brasileiras, apenas três não possuem um Plano Municipal de Educação (PME): Ribeirão Preto, Iaras e Vargem, todas paulistas. Sem o documento aprovado na forma de lei, algo obrigatório desde 2016, esses municípios são barrados para recursos milionários do Ministério da Educação (MEC).

O PME planeja as políticas públicas municipais para o ensino pelos próximos dez anos, estipulando gastos, indicadores, metas e ações. Ele é uma exigência do Plano Nacional de Educação, que vigora no país desde 2014.

Ribeirão Preto foi vanguarda ao iniciar suas discussões em 2007, mas as gestões Dárcy Vera (2009-2016) e Duarte Nogueira (2017-atual) foram incapazes de chegar a um consenso entre Executivo, Legislativo e sociedade. Assim, um PNE nunca chegou a ser transformado em lei, algo que outras 5.567 prefeituras tiveram êxito.

“Além de ser dever legal desde 2016, o PME é fundamental para dar um norte que vá além da visão imediatista do secretário ou prefeito de plantão. Sem planejamento de longo prazo, não há qualidade de gestão”, resume José Marcelino de Rezende Pinto, professor da USP-RP e ex-presidente da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (leia entrevista no final da reportagem).

Barrado

Por não ter PME, Ribeirão Preto está proibido de pleitear recursos do PAR (Plano de Ações Articuladas), um programa do MEC para financiar, com verbas suplementares, ações de melhoria na educação. A informação foi confirmada ao Farolete pelo Governo Federal, por meio da Lei de Acesso à Informação.

No ano passado, o MEC repassou R$ 760 milhões para municípios brasileiros que cadastraram projetos no âmbito do PAR, sendo 60 do estado de São Paulo. A capital paulista recebeu R$ 3,5 milhões.

A minúscula Ubirajara, com menos de 5 mil habitantes, ficou com R$ 642 mil.

Os dados foram analisados pelo Farolete na plataforma de execução orçamentária do MEC. O Governo Federal informou, em resposta à Lei de Acesso, não ser possível estipular quanto Ribeirão Preto já deixou de receber, pois as verbas são definidas de acordo com os projetos cadastrados.

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