Covid
Publicado em: 16/08/2022

Covid ficou no passado? Saiba como está o vírus em RP e os alertas de professor da USP

Farolete traz o comparativo dos principais dados da Covid-19 e uma entrevista com Amaury Lelis Dal Fabbro,

As máscaras agora são raridade, a economia retomou as atividades e grandes eventos, como festivais musicais, estão de volta a Ribeirão Preto. A superlotação de leitos hospitalares deixou de ser preocupação diária, após a vacinação derrubar a letalidade da Covid-19.

Por outro lado, as infecções pelo novo coronavírus continuam em patamares elevados, jovens resistem em tomar a vacina e suas doses de reforço, e ainda há o risco de novas variantes surgirem, como ocorreu com a Ômicron.

Para ajudar a entender o contexto atual, Farolete traz o comparativo histórico dos principais dados da Covid-19 em Ribeirão Preto e uma entrevista com Amaury Lelis Dal Fabbro, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

Apesar de reconhecer a melhora da situação, em comparação com o auge da pandemia, o professor da USP destaca a importância de não abandonar a vacinação e medidas básicas de prevenção.

“Não dá para falar que é uma virose que ficou no passado, que vai se tornar endêmica como a gripe”, alerta Amaury, ressaltando os efeitos e sequelas da doença. “Não se pode negligenciá-la, em nenhuma faixa etária”.

Ele ressalta, principalmente, a importância de manter a vacinação, inclusive as doses de reforço, em dia. “Ninguém quer dar um excesso de vacina. Se estamos recomendando, é porque é necessário”.

Confira os principais trechos da entrevista, concedida ao jornalista Sérgio Murillo Bocardo, colaborador do Farolete. Os infográficos foram produzidos por Cristiano Pavini.


Qual o estágio atual da pandemia? Já se pode falar em pós-covid, com a doença se tornando endêmica, incorporada na rotina, ou ainda merece atenção?

Ainda merece atenção especial. Conseguimos atingir uma cobertura vacinal que não é ótima, mas é razoável, com a exceção de algumas faixas etárias. E o coronavírus que está aí é de uma cepa que é menos invasiva para as estruturas pulmonares do que as variantes anteriores. Causa menos infecção pulmonares e menos pneumonia, por exemplo. Ou seja: menos complicações. Mas a população praticamente abandonou as medidas preventivas. Ninguém mais usa máscaras. O dia a dia se tornou quase igual ao que era antes da pandemia. Isto nos fez observar um aumento que não foi uma quarta onda, mas, de certa forma, uma onda posterior. E ainda temos mortes, em grande parte de idosos ou pessoas com comorbidades. Não dá para falar que é uma virose que ficou no passado, que vai se tornar endêmica como é a gripe. A gente tem que seguir observando com atenção.


Quais os principais sintomas entre os infectados atualmente?

No começo era uma doença febril, acompanhada de perda do olfato paladar, tosse e um quadro de insuficiência respiratória com baixa saturação de oxigênio, levando a complicações e à internação. Hoje não se vê mais isso. Em gera uma doença febril, aguda, que causa uma inflamação no corpo que é bastante sintomática. O paciente se sente mal. Há uma alteração do paladar, mas não tanto do olfato. É comum uma congestão nasal forte, simulando uma sinusite. Há menos sintomas pulmonares, menos tosse e menos insuficiência respiratória.


A Anvisa aprovou recentemente a aplicação de vacinas em crianças de 3 a 5 anos, uma faixa etária que parece não despertar muita preocupação na população. Qual a importância de uma vacinação massiva em crianças desta idade?

É extremamente importante. As crianças raramente morrem de Covid-19, embora haja casos. Por isso, cria-se uma ideia de que a doença nelas seria uma coisa banal. Mas não é verdade. Ela causa inflamação no coração, no cérebro, em vários órgãos. É uma doença sistêmica. Não é bom ter Covid-19, em nenhuma faixa etária. O ideal seria evitar ao máximo, e não achar que isso é normal ou tranquilo. Não é. A vacinação de crianças é defensável. A Sociedade Brasileira de Pediatria insiste nisso, com toda razão. A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Infectologia, também. Não se pode negligenciar esta doença de forma alguma e em nenhuma faixa etária.


A vacinação neste público pode causar um impacto significativo na transmissão da doença?

Claro. Uma criança em casa pode transmitir para um idoso com comorbidade grave. Com a criança não acontece nada, mas o idoso morre. Este é o grande problema da Covid-19: os jovens, principalmente na faixa de 12 a 20 anos, podem desempenhar esse papel de carreador do vírus. E alguns não se vacinam. Os jovens não têm medo da doença, mas eles precisam proteger os idosos que estão em casa. Eles se tornam guardiões. A gente banaliza o óbito. Falamos de 200 mortes por dia no país, como se isso fosse pouca coisa. É pouca coisa em relação ao que já foi, mas é um escândalo em relação a qualquer outra doença. Que outra doença aguda e infecciosa causa esse número de mortes por dia no Brasil? Não há nada de normal nisso.


E com relação à quarta dose que começa a chegar à população adulta mais jovem, por que este reforço na vacinação é importante?

É fundamental. A memória imunológica destas vacinas parece ser de curto tempo. Eu já tomei a quarta dose, e tive a doença depois disso. Ou seja, nem a quarta dose consegue proteger totalmente contra a infecção. Com certeza, protege contra as complicações. O objetivo era, primeiro, evitar as complicações e, depois, tentar evitar os casos. No futuro estas vacinas devem ser melhoradas para que haja um número menor de casos. Por enquanto, nós ainda não temos essas vacinas. Elas são muito eficazes contra as complicações e os casos graves, mas não totalmente eficazes para evitar as infecções. Ninguém quer dar um excesso de vacina. Se estamos recomendando, é porque é necessário.


Numa projeção até o final do ano, o recado é de continuar alerta?

Com certeza. Posso até discordar de alguns especialistas. Mas é importante respeitar esse vírus, porque ele já causou malefícios demais. E não há por que baixar a guarda com ele.


Supondo que não surja uma nova variante de preocupação, é possível fazer algum tipo de previsão sobre o avanço da Covid-19 neste segundo semestre?

Nós vamos continuar tendo casos. Talvez, com poucas complicações, assim como hoje. Eu continuo um pouco discordante da maioria. Recomendo uso de máscara em qualquer ambiente fechado e em aglomeração. Eu não abandonaria o uso neste momento.


E, deixando de lado a existência ou não de leis obrigando o uso, ainda há grupos de pessoas ou situações para as quais ainda a máscara é especialmente recomendada?

Os idosos e as pessoas com comorbidades precisam continuar usando. Que comorbidades são essas? São doenças como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, doenças neurológicas e doenças cardiovasculares, a exemplo da insuficiência cardíaca. Outro grupo é o das pessoas imunodeprimidas, que estão em tratamento para algum tipo de câncer, ou com algum tipo de doença imunológica, já que envolve o uso de imunossupressores. Pessoas com HIV, por exemplo. E este grupo especificamente precisa usar a máscara N95.


Com relação a outras medidas…

Lavar as mãos. A gente esquece de fazer isso. O álcool gel pode continuar sendo usado. Ele te protege de tanta coisa, não só da Covid-19. A gente teve a oportunidade de aprender a usá-lo, vamos continuar com o uso. Nos protege de muitas infecções.

Das 5.570 cidades brasileiras, apenas três não possuem um Plano Municipal de Educação (PME): Ribeirão Preto, Iaras e Vargem, todas paulistas. Sem o documento aprovado na forma de lei, algo obrigatório desde 2016, esses municípios são barrados para recursos milionários do Ministério da Educação (MEC).

O PME planeja as políticas públicas municipais para o ensino pelos próximos dez anos, estipulando gastos, indicadores, metas e ações. Ele é uma exigência do Plano Nacional de Educação, que vigora no país desde 2014.

Ribeirão Preto foi vanguarda ao iniciar suas discussões em 2007, mas as gestões Dárcy Vera (2009-2016) e Duarte Nogueira (2017-atual) foram incapazes de chegar a um consenso entre Executivo, Legislativo e sociedade. Assim, um PNE nunca chegou a ser transformado em lei, algo que outras 5.567 prefeituras tiveram êxito.

“Além de ser dever legal desde 2016, o PME é fundamental para dar um norte que vá além da visão imediatista do secretário ou prefeito de plantão. Sem planejamento de longo prazo, não há qualidade de gestão”, resume José Marcelino de Rezende Pinto, professor da USP-RP e ex-presidente da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (leia entrevista no final da reportagem).

Barrado

Por não ter PME, Ribeirão Preto está proibido de pleitear recursos do PAR (Plano de Ações Articuladas), um programa do MEC para financiar, com verbas suplementares, ações de melhoria na educação. A informação foi confirmada ao Farolete pelo Governo Federal, por meio da Lei de Acesso à Informação.

No ano passado, o MEC repassou R$ 760 milhões para municípios brasileiros que cadastraram projetos no âmbito do PAR, sendo 60 do estado de São Paulo. A capital paulista recebeu R$ 3,5 milhões.

A minúscula Ubirajara, com menos de 5 mil habitantes, ficou com R$ 642 mil.

Os dados foram analisados pelo Farolete na plataforma de execução orçamentária do MEC. O Governo Federal informou, em resposta à Lei de Acesso, não ser possível estipular quanto Ribeirão Preto já deixou de receber, pois as verbas são definidas de acordo com os projetos cadastrados.

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