Recursos do Fundão Eleitoral foram para filhos e amigos de candidatos nanicos
Dinheiro público bancou candidatos de Ribeirão Preto com fraco desempenho eleitoral nas Eleições 2020, muitas vezes abaixo dos cem votos, que tiveram campanhas bem mais caras que a média dos concorrentes. Na farra do Fundo Partidário e Fundão Eleitoral, recursos jorraram nas contas de parentes, como filhos, cunhados, pais e maridos.
Um candidato repassou R$ 29 mil para a empresa do filho. Outra investiu R$ 16,5 mil em marketing para receber 42 votos. Uma amiga foi contratada por R$ 20 mil para serviços de consultoria. Teve até contratação de cozinheira. Tudo com dinheiro da sociedade.
A investigação do Farolete cruzou dados dos resultados eleitorais com prestações de contas de campanhas, pesquisas na Receita Federal, Junta Comercial, Tribunal de Justiça Estadual e Eleitoral, além de redes sociais.
Conheça, no decorrer da reportagem, nome e gastos dos candidatos com as campanhas mais caras.
Dos 560 candidatos a vereador que concorreram, 358 declararam gastos de campanha. Somadas, elas custaram R$ 3,2 milhões. Metade desse grupo teve campanha modesta, de até R$ 2,4 mil.
Quem mais desembolsou foi Igor Oliveira (MDB), com R$ 120 mil, dos quais R$ 50 mil vieram do Fundão Eleitoral. O restante foi abastecido com doações de pessoas físicas, apoiadoras de campanha.
Outros 202 candidatos alegaram à Justiça Eleitoral que não tiveram nenhum centavo de custos. Isso não significa que ficaram de mãos atadas: podem ter recebido doação de materiais de campanha dos partidos políticos ou dos seus candidatos ao Executivo.
Farolete analisou o “custo-voto”, ou seja, a divisão do total gasto na campanha pelos eleitores obtidos nas urnas. Foram considerados apenas os 358 concorrentes ao Legislativo que declararam despesas.
Os dez campeões de voto mais caro são do Patriota (5), PT (3), PSL (1) e PP (1). Juntos, eles torraram R$ 299 mil exclusivamente de recursos públicos do Fundão Eleitoral ou Fundo Partidário. Oito deles não ultrapassaram a barreira dos 100 votos. Seis sequer chegaram a 50 eleitores.
Farolete destrincha, a seguir, as despesas dos oito candidatos com custo-voto mais alto, além de dois casos representativos. Veja, ao final da reportagem, o ranking apenas dos 22 vereadores eleitos.
Conhecido empresário dos “trenzinhos”, Tony Leme (Patriota) teve o segundo voto mais caro das eleições 2020 em Ribeirão Preto. Gastou R$ 47,5 mil do Fundão Eleitoral para ter 72 apoiadores na urna, um custo de R$ 660 para cada voto.
Para efeito de comparação, Matheus Moreno (MDB), que teve a campanha mais barata entre os vereadores eleitos, gastou R$ 2,24 para cada voto obtido.
Tony repassou R$ 29 mil de dinheiro público da campanha para uma empresa de propriedade de seu filho, com nome fantasia de “Delícias da Vovó”, cadastrada na Receita Federal como atividade principal de “padaria e confeitaria”, mas que teria prestado à campanha serviços de “sonorização e panfletagem”, conforme declarado à Justiça Eleitoral.
O email da empresa cadastrado na Receita Feferal é, inclusive, baladinha@tonyleme.com.br, em alusão ao próprio Tony.
Além do filho, Tony alegou que gastou R$ 9,6 mil reais com jingles, locutores e mixagem de som para uso em trios elétricos.
Ao Farolete, por WhatsApp, Tony alegou que o dinheiro do Fundo Eleitoral “veio muito tarde” e, por isso, teve que recorrer à empresa do filho, “por confiar nele”.
Ele disse que, embora o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) principal da empresa ser de padaria, as atividades secundárias incluem a organização de festas e eventos, e negou irregularidades. “Temos toda a documentação comprovando os serviços prestados”.
A candidata pelo PP recebeu R$ 99,4 mil do seu partido, entre recursos públicos do Fundo Partidário e Fundo Eleitoral. Apesar de ter a segunda campanha mais cara entre todos os candidatos à Câmara da cidade, ela conseguiu apenas 354 votos, a 142ª no ranking de votação. O custo-voto foi de R$ 282, sexto maior.
Regiane declarou ter contratado Adriana Messias dos Santos por R$ 20 mil para “serviços de assessoria e consultoria política”. Elas são amigas, defensoras da causa animal e ambiental.
Adriana, inclusive, não teve muito tempo para assessoria: estava dedicada a sua própria campanha, pois foi eleita vereadora em Cajuru pelo PDT.
Regiane também gastou R$ 9,9 mil com “acompanhamento advocatício”, mas contratou uma pessoa que sequer tem carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), conforme consulta do Farolete no banco de dados da entidade, e já concorreu, duas vezes, a vereador em Cajuru.
Também declarou ter alugado um veículo por R$ 4,3 mil. Mas não procurou uma locadora, e sim uma pessoa física. E contratou a mulher do locador para ser motorista de campanha, por R$ 1,9 mil.
Ela também contratou três pessoas distintas para gastos de locação de imóvel para campanha, que somam R$ 9,2 mil.
Regiane informou, ainda, que gastou R$ 19,9 mil com dez cabos eleitorais. Um deles, conforme Farolete apurou, é irmão de seu marido. O cunhado recebeu R$ 1,9 mil pelo serviço.
Ela foi procurada pela reportagem nos dias 7 e 8 de janeiro, visualizou e não respondeu as mensagens no WhatsApp.
A candidata do Patriota teve a terceira campanha com custo-voto mais caro: gastou R$ 20 mil do Fundão Eleitoral para ter apenas 42 apoiadores nas urnas.
Do total de despesas, R$ 16,5 mil foram direcionados a serviços de marketing digital, produção de vídeos e impulsionamento de postagens em redes sociais.
Apesar dos altos valores com marketing digital, a página oficial de Suriya no Facebook tem apenas 44 curtidas (duas a mais do que o seu número de votos).
No Instagram, onde ela se apresenta como “jornalista, apresentadora, radialista, atriz e produtora”, são 9,5 mil seguidores. No feed da rede social, foram 23 postagens relacionadas à sua candidatura.
Ao Farolete, Suriya disse que sua campanha foi feita “de forma lícita” e que contratou uma agência de publicidade e produtora para sua campanha, com a declaração de todos os gastos à Justiça Eleitoral após auditoria.
Sobre sua baixa votação, disse que a situação de Fernando Chiarelli, que teve inicialmente a candidatura indeferida pela Justiça, “atrapalhou os candidatos a vereador” do partido.
Presidente do PSL, Caio foi o quarto do ranking do custo-voto: declarou ter usado R$ 59,7 mil do Fundo Eleitoral para conseguir 156 eleitores.
Do montante, R$ 6,5 mil foram parar na conta de seu pai: R$ 5.250 mil para o aluguel de um veículo e R$ 1.250 para “serviços de panfletagem e abordagem a eleitores”.
Outros R$ 4,5 mil foram repassados para sua cunhada, companheira de seu irmão, também para “atividade de panfletagem e abordagem ao eleitor”.
Em 14/11, um dia antes das eleições, ele declarou ter gasto R$ 13,4 mil com uma pessoa física, mas sem declarar à Justiça Eleitoral a que se referia, apenas descreveu o texto “retificar”.
Caio também informou ter devolvido R$ 10 mil do Fundo Eleitoral para o partido. O valor, para fins de contabilização oficial, se caracteriza como despesa, já que houve o ingresso como receita.
Questionado pelo Farolete, ele disse que assumiu a presidência do PSL em meio a um racha interno e que se dedicou à campanha da chapa de 30 candidatos a vereador e um vice-prefeito. “Dediquei 90% ao partido e 10% ao campanha”, justificando a baixa votação.
Ele diz que consultou advogados para contratar o pai e a cunhada, e que não houve “absolutamente nenhuma irregularidade na contratação”.
“O caminhão do meu pai estava parado. Eu aluguei por um valor muito mais barato do que se fosse em uma locadora, fiz economia de dinheiro público”, justificou.
Sobre a cunhada, diz que ela estava desempregada e que é “uma pessoa capaz, excelente, de muitas qualidades”, afirmando que “fez de tudo como coordenadora da campanha, trabalhou de dia, noite, final de semana”.
Segundo Caio, considerando as correções da prestação de contas que serão feitas e a devolução ao partido, ele usou R$ 38,4 mil de fato, e não R$ 59,7 mil. Mesmo com esse valor, ele teria o décimo maior custo-voto.
Sobre os R$ 13,4 mil que foram declarados um dia antes da eleição, sem descrição do gasto, ele informou que foi um procedimento adotado pela empresa de contabilidade para entregar as contas no prazo, que se referem a despesas gerais como gráfica e marketing, e que será corrigido junto à Justiça Eleitoral.
Ela foi a campeã no ranking do “custo-voto”: despesas de R$ 13,4 mil para ter apenas 12 eleitores. Ou seja: conseguiu um voto para cada R$ 1,1 mil gasto. Todo o montante foi repassado pelo PT com dinheiro do Fundão Eleitoral.
Apesar da votação irrelevante, ela declarou gastos de R$ 3,3 mil com “locação de imóvel para reuniões e atividades eleitorais”, um luxo que apenas candidatos fortes, com campanhas estruturadas, costumam ter.
Além disso, contratou sete cabos eleitorais, ao custo total de R$ 10,1 mil. Um deles é sua filha, que recebeu R$ 2 mil de verba pública para fazer campanha para a mãe.
Outro cabo eleitoral é o marido da dona do imóvel locado como sede da campanha. Em seu Facebook ele fez campanha para uma candidata a vereadora em Brodowski que é bolsonarista (linha ideológica oposta ao do PT de Roseli), mas não há postagens públicas pedindo voto para a petista que o contratou.
Procurada pelo Farolete nos dias 6 e 7 de janeiro, Roseli visualizou mas não respondeu as mensagens enviadas em seu WhatsApp.
Também candidata pelo Patriota, ela gastou R$ 14,8 mil provenientes de recursos públicos para obter apenas 40 votos, um custo de R$ 370 por apoiador nas urnas. Foi a quinta com maior custo-voto.
Ela não declarou gastos com material de campanha, mas informou à Justiça Eleitoral que recebeu cerca de R$ 2 mil em doações de santinhos, adesivos, entre outros, do partido.
Entretanto, Mariluce declarou um gasto de R$ 12 mil em recursos públicos para “distribuição de material eleitoral”. Ou seja: seis vezes o valor de produção desse conteúdo.
Todo o montante foi repassado para um empresário individual, que tem empresa cadastrada como atividade de “promoção de vendas” na Receita Federal.
Além disso, Mariluce gastou R$ 1 mil com um cabo eleitoral e R$ 1,8 mil com um “assessor eleitoral”, com dinheiro do Fundão.
“O partido me ajudou bastante, eu não era bastante conhecida e tentei entrar [na Câmara]. Sobre eu ter 40 votos você não tem que perguntar a mim, e sim ao povo, pois trabalhar para isso [eleição] eu trabalhei”, afirmou Mariluce ao Farolete.
Candidata do Patriota, gastou R$ 8,6 mil de dinheiro público em sua campanha para ter apenas 31 votos.
Ela repassou R$ 2,8 mil do Fundão Eleitoral para o marido, que foi cadastrado como seu coordenador de campanha. No Facebook, ele cobrou mais honestidade dos políticos e compartilhou postagens desconfiando da segurança das urnas eletrônicas, mas não teve posicionamento público incisivo pedindo votos para a esposa.
Vilma também transferiu R$ 1 mil de dinheiro público para a cunhada do seu marido, conforme Farolete verificou cruzando os nomes da campanha com as redes sociais da família.
Procurada pelo WhatsApp no dia 15/12, Vilma visualizou as mensagens de Farolete, mas não respondeu nem atendeu as ligações.
A candidata do Patriota usou R$ 15,7 mil do Fundão Eleitoral para ter 74 apoiadores, uma despesa média de R$ 208 por voto.
Desse montante, R$ 3 mil foram repassados para seu filho , que foi cadastrado como “coordenador eleitoral”, e R$ 2,7 mil para seu marido, declarado à Justiça Eleitoral como “assessor eleitoral”.
Ela ainda afirmou ter tido outros 6 cabos eleitorais, ao custo de R$ 1 mil com cada um com dinheiro público.
Sirlea foi procurada pelo Farolete em 15 e 16 de dezembro pelo WhatsApp, e também em 7 de janeiro, mas não respondeu às mensagens e não atendeu às ligações.
Candidato pelo PT, Fabio de Jesus teve o 22º maior custo-voto entre os concorrentes ao Legislativo: R$ 11,9 mil para 105 apoiadores, provenientes do Fundão Eleitoral.
Ele declarou à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 2,7 mil de recursos públicos para “serviço de motorista”, que foi repassado a uma mulher que ele chama de “irmã” reiteradamente nas redes sociais.
Também repassou R$ 2,5 mil para serviços de “cozinheira” a uma mulher a quem se direciona como “segunda mãe” no seu Facebook.
Fabio foi procurado pelo Farolete em 15 e 16 de dezembro pelo WhatsApp e também em 7 de janeiro. Ele visualizou as mensagens, mas não respondeu.
Candidata pelo PT, Andrea Rocha gastou R$ 12,4 mil do Fundão Eleitoral para ter 36 eleitores, ficando no sexto lugar do maior custo-voto da cidade.
Desse montante, R$ 6 mil foram lançados no sistema da Justiça Eleitoral datados de 17/11, ou seja: dois dias depois do primeiro turno, quando a eleição para o Legislativo já havia encerrado. Eles se referem a despesas com santinhos, folhetos e cartões de visitas.
Andrea também declarou ter contrato o pai de seu filho por R$ 1 mil para atuar como cabo eleitoral.
Ao Farolete, a candidata informou que os recursos do Fundo Eleitoral vieram na semana que antecedeu a eleição, e que a gráfica prestou serviços de impressão nos dias 11, 12 e 13 de novembro (o pleito foi realizado no dia 15).
Na semana eleitoral decisiva, porém, ela teve que ser internada em razão de sua gravidez. “Quando me candidatei já estava grávida mas não esperava ser uma gravidez de alto risco, e também não pude sair às ruas devido à pandemia”, explicou Andrea, justificando a baixa votação. Como estava internada, não conseguiu sequer votar em si mesma. Isso, explica, também atrasou a sua prestação de contas.
Sobre o repasse ao pai de seu filho, ela diz que, embora separados, continuam amigos. “Ele foi meu cabo eleitoral desde o começo e minha cara nas ruas [em razão da internação]. Quando veio o dinheiro do fundo eleitoral na semana final da eleição, quis gratificá-lo, pois ia fazer isso com recursos próprios da mesma forma”, explicou.
Entre os 22 vereadores eleitos, Isaac Antunes (PL) teve o voto mais caro: gastou R$ 95,1 mil para ter 1.705 eleitores, um custo-voto de R$ 55,79. Do total gasto, R$ 77 mil foram provenientes do Fundão Eleitoral.
Isaac contratou 17 cabos eleitorais, com custo variável entre R$ 500 e R$ 1,2 mil. Seu maior gasto unitário foi com “serviços contábeis”: R$ 14,9 mil. A despesa foi lançada datada sete dias depois do fim do primeiro turno.
Na ponta de baixo está Matheus Moreno (MDB), que usou R$ 4 mil para ter 1.809 votos, um custo-voto de apenas R$ 2,24. Todas as despesas foram arcadas com doações de terceiros ou do próprio bolso do candidato, ou seja: sem uso de recursos públicos.
Praticamente empatado com ele está Ramon Todas as Vozes (PSOL), que gastou R$ 6,4 mil e teve 2.744 eleitores, um custo voto de R$ 2,34 (apenas dez centavos a mais que Matheus). Mais da metade de seus recursos vieram de financiamento coletivo (vaquinha virtual) e o grosso do restante do Fundo Eleitoral.
Kaleo Dornaika, vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da subseção de Ribeirão Preto da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), explica que “não há vedação legal para a contratação de familiares e empresas da família para os atos de campanha, ainda que pagos com o dinheiro dos fundos [públicos]”
Ele ressalva, porém, que “essa prática pode sinalizar para desvios de recursos ou Caixa 2 de campanha”.
O advogado diz que essas irregularidades podem ser apontadas no julgamento das prestações de contas, e que “caberá ao Ministério Público cobrar informações dos candidatos”.
Segundo ele, “se comprovados os desvios, as contas serão rejeitadas e pode haver impugnação do mandato eletivo (para os eleitos) e declaração de inelegibilidade (para os não eleitos)”, podendo haver até responsabilização criminal pelo crime de lavagem de capitais.
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Das 5.570 cidades brasileiras, apenas três não possuem um Plano Municipal de Educação (PME): Ribeirão Preto, Iaras e Vargem, todas paulistas. Sem o documento aprovado na forma de lei, algo obrigatório desde 2016, esses municípios são barrados para recursos milionários do Ministério da Educação (MEC).
O PME planeja as políticas públicas municipais para o ensino pelos próximos dez anos, estipulando gastos, indicadores, metas e ações. Ele é uma exigência do Plano Nacional de Educação, que vigora no país desde 2014.
Ribeirão Preto foi vanguarda ao iniciar suas discussões em 2007, mas as gestões Dárcy Vera (2009-2016) e Duarte Nogueira (2017-atual) foram incapazes de chegar a um consenso entre Executivo, Legislativo e sociedade. Assim, um PNE nunca chegou a ser transformado em lei, algo que outras 5.567 prefeituras tiveram êxito.
“Além de ser dever legal desde 2016, o PME é fundamental para dar um norte que vá além da visão imediatista do secretário ou prefeito de plantão. Sem planejamento de longo prazo, não há qualidade de gestão”, resume José Marcelino de Rezende Pinto, professor da USP-RP e ex-presidente da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (leia entrevista no final da reportagem).
Por não ter PME, Ribeirão Preto está proibido de pleitear recursos do PAR (Plano de Ações Articuladas), um programa do MEC para financiar, com verbas suplementares, ações de melhoria na educação. A informação foi confirmada ao Farolete pelo Governo Federal, por meio da Lei de Acesso à Informação.
No ano passado, o MEC repassou R$ 760 milhões para municípios brasileiros que cadastraram projetos no âmbito do PAR, sendo 60 do estado de São Paulo. A capital paulista recebeu R$ 3,5 milhões.
A minúscula Ubirajara, com menos de 5 mil habitantes, ficou com R$ 642 mil.
Os dados foram analisados pelo Farolete na plataforma de execução orçamentária do MEC. O Governo Federal informou, em resposta à Lei de Acesso, não ser possível estipular quanto Ribeirão Preto já deixou de receber, pois as verbas são definidas de acordo com os projetos cadastrados.
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